De acordo com projeção da FHORESP e do Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente (IDT-CEMA), o mercado de apostas esportivas e de cassinos on-line deve faturar mais de R$ 100 bilhões nos próximos três anos com a entrada em vigor da lei que regulamenta o segmento, o que impulsionará a área de Turismo, que prevê 500 novos lançamentos em Hotelaria só neste ano.
A expectativa é de que a maioria desses novos empreendimentos previstos e, também, os já existentes em Hotelaria, parques temáticos, bares e restaurantes de integração criem mais pontos de vendas para apostas. Em troca, eles receberão participação na remuneração ou em merchandising das bets. Nesse caso, a fatia poderia alcançar de 1% a 15% do faturamento total do estabelecimento.
A lei que regulamenta esta seara foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de 2023. A matéria estabelece alíquota de 12% de arrecadação no mercado em tela. A FHORESP ainda estima que o montante de R$ 100 bilhões a ser faturado pelas bets entre 2024 e 2026 vai render R$ 12 bilhões em impostos.
Ainda de acordo com as estimativas das entidades, boa parte deste percentual arrecadado nas empresas de apostas poderá, também, aumentar a divulgação das atividades turísticas do País. 28% desses R$ 12 bilhões gerados em impostos devam ser destinados ao Ministério do Turismo.
Em números absolutos, as cifras podem chegar a R$ 3,36 bilhões no período, segundo destaca o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto. “Este impulso vai muito além, porque vai gerar mais empregos não só nos setores de Hospedagem e de Alimentação Fora do Lar, mas, também, em outros segmentos produtivos. Estamos falando de um mercado que movimenta músicos, artistas e profissionais de Infraestrutura e de Transportes, fora os setores de Comércio e de Serviços, que serão igualmente beneficiados”
A expectativa dos segmentos hoteleiro, de bares e de restaurantes é de que este momento seja o primeiro passo na permissão da exploração do Turismo atrelado ao mercado de apostas.
De acordo com o diretor de Hospitalidade e Jogos da FHORESP, Bruno Omori, existe a previsão de que o projeto de lei 441/91 sobre a autorização dos cassinos turísticos e integrados aos resorts, além dos bingos, seja votado ainda neste ano, em Brasília-DF.
Caso isso ocorra, existe uma estimativa de que US$ 70 bilhões entrem no Brasil por meio de investimentos nacionais e internacionais no segmento. “Isso vai ativar diretamente os mercados imobiliário, de Construção, de Decoração, e de Tecnologia, sem contar na qualificação dos profissionais que vão atuar nos cassinos”, avalia Omori.
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